Eu
desconfio de politica. E acho que se alguém deseja entende-la, deve
desconfia-la. E é por desconfiar que eu já tinha previsto, quero dizer, bem em
nosso linguajar: eu já havia cantado essa pedra.

Eu
frequento a cidade desde os idos de 1996. Mais frequentemente dos anos de 2010 para
cá . Em 2013 empreendi iniciativas sociais que beneficiaram centenas de
pessoas. Nada sob a tutela política. Mas, tendo todo o apoio do prefeiturável
de então, o Sr. Dêva Pessoa, como assim o conheci. E, por falar em
conhecê-lo, quando digo que cantei essa pedra, estou trazendo a memória o exato
momento em que o identifiquei um nativo apaixonado. Mais gente que político.
Mais humano que gestor. Mas mais gestor que político. Diferente do anterior que
era e é mera e popularmente político.
Confesso
que eu até mantinha certa resignação em fazer qualquer juízo a respeito da
gestão anterior, a do Sr. Sávio Torres, até que ouvindo um discurso seu na
última campanha (2016) tive a certeza de que estava diante de um retórico
populista, a la Lula, no entanto, menos sofisticado na autovitimização
quando disse claramente - no discurso-: "sou um homem honesto.
Pobre, mais honesto!" - Como? É isto mesmo: ele disse que era pobre, sendo
um dos mais bem sucedidos na cidades (sem questões sobre a origem, tá?). Pronto!
Foi a gota d`água para que ficasse claro para mim que o que me diziam a seu
respeito não eram meras picuinhas.
Mas vamos
adiante...
Dêva
Pessoa era o tipo GESTOR que tinha de tudo para dar errado como POLÍTICO. Isto
por que no Brasil gestão e política são coisas díspares e quase inconciliáveis.
Por um momento eu achei que os tuparetamenses haviam feito a escolha
certa optando por alguém que era do povo e um bom gestor. Mas, infelizmente,
não fazia a política da politicagem, do fisiologismo barato e corrupto.
Os
tuparetamenses, no entanto, fizeram sua escolha. E terão que lidar com ela.
Aliás, já começaram as reclamações dos que venderam sua consciência a
proposta de um emprego que não virá. Era somente uma questão de campanha
eleitoreira. Daquelas que não só os tuparetamenses, mas os brasileiros levarão
muito tempo para tomarem consciência do que fere suas dignidades.
O que
espero?
Espero
que o atual governo tenha oposição. Que os parlamentares/vereadores sejam rijos
no cumprimento de suas atribuições fiscalizadoras e de representação. Mas
também que o povo, novamente submetidos a velha política, possam acordar de
seus sonos mórbidos. Sem dúvidas, um prefeito sobrecarregado de processos
judiciais terá muita dificuldade de entender que seu velho modo de político já
faliu.
Custe o
que custar, Tuparetama aprenderá que é pra frente que se anda.
Por
Fernando Lima
Texto original
http://cartadopajeu.blogspot.com.br/2017/01/o-futuro-de-tuparetama-esta-na-sua.html?m=1
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